(da Gazeta do Povo)
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No bairro do Rocio, em Morretes, a água invadiu as casas, surpreendendo os moradores |
A situação mais grave ocorreu em Morretes, que decretou estado de emergência – com isso, o município pode pedir recursos federais para reparar os estragos. A prefeitura informou que cerca de 80% da área urbana foi afetada pelas águas dos rios Marumbi, Nhundiaquara e São João. Até o fechamento desta edição, aproximadamente 10 mil pessoas foram prejudicadas. Cerca de 560 casas ficaram danificadas. No bairro mais afetado, o Rocio, os moradores saíram das casas com a água na altura do peito durante a madrugada. Até o início da noite de ontem, aproximadamente 200 pessoas que perderam suas casas foram encaminhadas para o Colégio Estadual Rocha Pombo.
Em Paranaguá, que também declarou estado de emergência, o bairro de Alexandra, na área rural, estava ilhado até as 19 horas de ontem. Um córrego que transbordou logo na entrada do bairro impedia até mesmo o acesso de veículos pesados da Defesa Civil. Uma mulher, assustada com o desastre, teve um princípio de enfarte e precisou ser resgatada de helicóptero. Quem perdeu a casa foi orientado a se dirigir para a Escola Municipal Tiradentes. Ao mesnos oito famílias passariam a noite no local. Toda a cidade estava sem água por causa da queda de uma barreira que interrompeu o curso de água de um manancial. A previsão era de que o serviço fosse restabelecido hoje pela manhã. As aulas na rede municipal também foram suspensas.
Menos afetada, a cidade de Guaratuba também registrou estragos. O último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, às 18 horas de ontem, contabilizava cerca de 1,5 mil afetados na cidade. O bairro de Limeira, na região rural, permanecia ilhado e cerca de 30 pessoas aguardavam a chegada das equipes de resgate. De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Emanuel Benghi, por telefone, um morador de Limeira contou que quando a chuva começou, a comunidade estava em um velório e foi surpreendida pela chuva. O sepultamento acabou não ocorrendo. Segundo Benghi, hoje pela manhã um helicóptero deve ir ao local para remover o corpo. “Como eles estão em local seguro, a prioridade é tirar o corpo de lá, por questões sanitárias, já que o cemitério está debaixo d’água”, afirma.
Em Antonina, vários bairros foram afetados e durante a noite de ontem moradores foram para as ruas com medo de que a água invadisse as residências ou de que a estrutura das casas desabasse. Na região central da cidade, faltavam luz e água. Dez desabrigados tiveram de ser levados para hotéis da cidade. De acordo com o Corpo de Bombeiros, em pouco mais de três horas houve mais de 40 chamados de resgate. O próprio quartel da corporação foi afetado: na frente do local a correnteza era grande, o que dificultava a movimentação das equipes.
De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, entre quinta-feira e sexta-feira choveu na região litorânea quase metade do esperado para todo o mês de março. Foram 115 milímetros de chuva na estação de Morretes. A média histórica para o mês é de 268 milímetros.
Luz e água
A Sanepar informou que toda a cidade de Morretes está sem água. Em nota, a empresa informou que o sistema de tratamento foi afetado por danos na rede de energia elétrica. Equipes estão trabalhando para resolver o problema, mas não há previsão para a retomada do abastecimento. Já a Copel informou que 11.066 residências ficaram sem energia em Morretes, Antonina e Guaraqueçaba. Segundo a Copel, técnicos da empresa estão tendo dificuldades para chegar até as áreas afetadas e realizar os reparos.
Fotos: Gazeta do Povo
2 comentários:
S.O.S. Litoral do Paraná:
Donativos aos moradores do Litoral:
O que: Arrecadação de cobertores, colchonetes, roupas e, principalmente, água mineral.
Onde: supermercados da Rede Big e Mercadorama, pontos de coleta do Provopar, postos do Corpo d...e Bombeiros e FAS (R. Eduardo Sprada, 4.520, Campo Comprido)
Doações de colchões: barracão da Defesa Civil, Rua Sergipe, 1.712, Vila Guaíra, Curitiba.
Informações: (41) 3350-2607.
alguem tem que fazer alguma coisa que tem moradores
desabrigados,que não tem o que comer nas ruas com crianças
de colo tem pessoas que moram em baixo de barrancos
que correm risco de morte
e a maioria que tem como ajudar não ajudão
FAZEM ALGUMA COISA PRA AJUDAR
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