O Globo Cristiane Jungblut
BRASÍLIA - O senador Pedro Simon (PMDB-RS) cobrou nesta quinta-feira a realização da reforma administrativa do Senado que está engavetada e um levantamento minucioso do atual quadro de funcionários. Sem citar o presidente José Sarney (PMDB-AP) Simon relembrou o escândalo com os chamados "atos secretos" e disse que, nos últimos anos, a Casa não teve transparência.
Em contrapartida, Simon elogiou o fato de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ter criado uma subcomissão para discutir o tema, como ele sugeriu. Apesar de não ter sido afetado pelo corte de R$ 50 bilhões promovido pelo governo no Orçamento da União de 2011, o Senado decidiu , mais uma vez, suspender a realização de obras previstas para 2011. O primeiro-secretário da Mesa Diretora, senador Cícero Lucena (PSDB-PB), citou a suspensão do túnel sob o eixo monumental, que ligaria o prédio principal aos anexos localizados em outra ponta da Esplanada dos Ministérios, que custaria de R$ 3,5 milhões.
Ao cobrar a realização da reforma administrativa, Simon disse que a comissão anterior não conseguiu concluir os trabalhos e que um novo estudo era necessário. Em 2009, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) fez uma avaliação da situação funcional no Senado e sugeriu mudanças.
- O Senado Federal deu um passo significativo muito importante no sentido da moralização da vida pública e da vida política neste País com a aprovação do projeto da Ficha Limpa, mas isso não deve fazer com que sejam esquecidos episódios recentes que nos jogaram nas primeiras páginas dos jornais e que demandaram uma profunda reflexão de nossa parte para que nada daquilo que tanto denegriu o nome do Senado continue a acontecer - disse Simon.
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