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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Massacre de Realengo Perfil.

Ao todo, 13 vítimas ficaram feridas, das quais quatro estão em estado grave.



A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil confirmou no final da manhã desta quinta-feira (7) as mortes de 11 estudantes no ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, do Rio. Segundo a pasta, morreram dez meninas e um menino. Os estudantes têm entre 12 e 14 anos. Mais cedo, policiais militares e oficiais do Corpo de Bombeiros, informaram que 12 crianças haviam morrido. O atirador também foi morto, mas ele não chegou a ser socorrido.
As vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Hospital Universitário Pedro Ernesto, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e Hospital da Polícia Militar.

imagem enviada pela polícia mostra Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, autor do ataque na manhã desta quinta-feira (7) na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro

A secretaria informou que 13 estudantes ficaram feridos - dez meninas e três meninos, dos quais quatro estão em estado considerado grave. O atirador, que foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, e que seria ex-aluno da escola, invadiu uma das salas de aula atirando. De acordo com Sérgio Côrtes, as crianças foram atingidas no tórax, abdômen e cabeça, áreas consideras vitais, o que indica que o atirador tinha intenção de matar.
- Eu não esperava na minha vida um momento como esse. Médicos que não estavam de plantão vieram e estão no centro cirúrgico.
Wellington teria tentado fugir, mas foi interceptado por policiais que faziam uma operação na região. Ele estaria com duas armas e teria se suicidado após fazer os disparos.



De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cerca de mil alunos estudam na escola, dos quais 400 no turno da manhã, do 4º ao 9º ano, com idades que variam entre nove e 14 anos.
O morador Evaldo Machado, que estava na janela de casa, perto da escola, contou como foi a situação.
- Eu estava tomando café na janela, quando vi uma correria de várias crianças saindo da escola. Eu contei pelos menos 13 feridas. Elas foram retiradas em carros particulares.
Por volta das 9h30, centenas de pessoas estavam aglomeradas na porta da escola. Policiais isolaram a área e várias ruas no entorno estão fechadas. Dois helicópteros da Polícia Civil foram ao local para ajudar no resgate às vítimas.

Segundo investigadores da Polícia Civil, o homem estava com colete à prova de balas, usava roupa preta e luva. Na carta deixada por ele, havia menções ao islamismo e tinha referências a práticas terroristas.

As primeiras informações sobre o perfil do atirador que invadiu uma escola na zona oeste do Rio matando ao menos dez crianças e ferindo outras 18 antes de se matar na manhã desta quinta-feira (7) revelam uma pessoa extremamente retraída.

Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, era o único filho adotivo entre outros cinco irmãos biológicos e seria portador do vírus HIV, segundo ele mesmo relatou em uma carta que deixou na escola antes de se matar.




Segundo relatos de amigos da família, Oliveira era uma pessoa “muito fechada”, quase não tinha amigos e sua rotina se limitava a ir de casa para o trabalho, em uma fábrica de produtos alimentícios.

Após a morte da mãe, que aconteceu há oito meses, segundo os vizinhos, ele teria se retraído ainda mais, conta a promotora de vendas, Elda Lira, de 55 anos, vizinha de uma das irmãs de Oliveira, em Realengo.

- Era uma pessoa extremamente isolada, não tinha amizade com ninguém.

Segundo policiais da Divisão de Homicídios, na carta deixada por Oliveira havia menções ao islamismo e a práticas terroristas. De acordo com relatos de amigos e conhecidos, ele se converteu à religião após a morte da mãe.

Amiga da família de Oliveira há vários anos, a jornalista Karen Mendes, de 31 anos, confirma o perfil retraído e conta que o atirador ficou ainda mais isolado após se converter.

- Conheço o Wellington desde pequeno, sempre foi muito retraído. Ele entrou para o islamismo há um tempo, depois disso ficou ainda mais retraído. Saiu de Realengo e se isolou em Sepetiba, também na zona oeste.
O atirador entrou na escola com um colete à prova de balas e usava roupa preta e luvas.


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