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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Maggi, Aldo, o moderno e o ultrapassado

Para Maggi, Aldo atrapalha ao criar conflito em vez de solução

Em entrevista publicada hoje pelo site Congresso em Foco, o senador Blairo Maggi (PR-MT) fala sobre a confusão instalada na Câmara no debate do Código Florestal e afirma: “nem Aldo é o paladino dos interesses nacionais brasileiros nem as ONGs são vilãs interessadas em prejudicar o país”.

Ex-governador do Mato Grosso e ex-vencedor do Prêmio Motosserra de Ouro, o senador tenta se redimir com as florestas e é hoje, segundo o texto, “alguém que poderá ajudar a trazer um pouco mais de calma e ponderação ao embate entre ruralistas e ambientalistas em torno do código”.


Na conversa com a jornalista Renata Camargo, o senador critica a estratégia adotada por Aldo Rebelo e diz que o discurso do deputado, que se coloca como defensor dos interesses nacionais, põe os ambientalistas como prepostos de interesses estrangeiros e só acirra a discussão, dificultando uma solução.

Nos últimos anos, Maggi participou de pelo menos dois acordos ambientais importantes para o estado que governou. Ajudou a criar o MT Legal, programa que legaliza as propriedades rurais e lhes obriga a preservar áreas de vegetação; e assinou a Moratória da Soja, um compromisso da indústria sojeira de não comprar mais o grão de área desmatada. A imagem de Mato Grosso, que antes era imediatamente associada à devastação da Amazônia, começou a mudar para melhor.
Esse, aliás, é o pulo do gato que Aldo e companhia não conseguem enxergar: diante da crise climática global, só vai se diferenciar no mercado o país que conseguir produzir e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. “Tem que ter diferencial no preço dos nossos produtos por isso”, ensina um Maggi que já aprendeu como a banda vai tocar no século XXI. Aldo, pelo jeito, continua no século passado.

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