Agência Senado.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu a aprovação de uma reforma política, em discurso nesta segunda-feira (16). O senador, porém, criticou alguns pontos da proposta apresentada pela comissão de reforma política do Senado, como a instituição de "lista fechada" nas eleições para deputados e vereadores, tese defendida pelo PT. Simon também sugeriu que o presidente do Senado, José Sarney, tome o comando do projeto, utilizando-se de sua força política e prestígio no Congresso Nacional para aparar arestas existentes.
- O presidente Sarney, como presidente do Senado e do Congresso, tem que buscar diálogo e entendimento com a outra mesa, da Câmara, e com o Poder Executivo - disse.
De acordo com Simon, Sarney é quem deve capitanear a reforma, já que o presidente da Câmara, Marco Maia, ainda seria um "iniciante", com menos força, e o próprio vice-presidente da República, Michel Temer, duvidaria da aprovação do modelo de reforma política discutido.
Simon criticou pontos da proposta da comissão de reforma política do Senado, como a chamada "lista fechada" - na qual o eleitor escolhe apenas os partidos - nas eleições para deputado e vereador. O parlamentar classificou a elaboração de "listas fechadas" pelos comandos partidários como "uma piada e uma grosseria". Simon também criticou a janela para mudança de partido a seis meses da eleição, pois em sua visão isso é "vulgarizar tudo que possamos imaginar".
Ele criticou ainda o fato de haver dois projetos de reforma política em tramitação, um em cada Casa. E disse considerar o trabalho da comissão especial formada para elaborar a proposta de reforma no Senado um tanto "utópico". Para Simon, as teses vencedoras na comissão deveriam ter sido mais debatidas entre os demais parlamentares.
O senador salientou a necessidade de haver trabalho conjunto entre Câmara e Senado para encaminhar as propostas, de maneira que o trabalho não seja em vão. A existência de duas propostas, uma com origem na Câmara, e outra no Senado, seria "meio ridículo" e "imprevisível".
Simon também criticou o que chamou de superpoderes do Executivo, "exagerados e absurdos", especialmente em decorrência do uso de medidas provisórias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário