Vereadores do PDT devem assinar CPI dos Radares, garante presidente do partido

Presente no ato público deste sábado, na Boca Maldita, que cobra a instalação imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito proposta na Câmara Municipal para investigar as denúncias de irregularidades envolvendo os radares de trânsito de Curitiba, o presidente municipal do PDT, ex-deputado federal Wilson Picler, garantiu que os vereadores da bancada do partido devem assinar o requerimento para a instalação da CPI.

 Na reunião da Executiva Estadual na quinta-feira, o ex-senador e presidente do partido no Paraná, Osmar Dias, defendeu a abertura da CPI e a assinatura dos três vereadores do PDT  - Tito Zeglin, Jairo Marcelino e Roberto Hinça – ao requerimento, mas não houve fechamento de questão.

No ato, realizado por iniciativa da Federação das Associações de Moradores de Curitiba (Femotiba), está sendo instalado um placar na Boca Maldita com a relação de todos os vereadores, sinalizando quais apoiam a abertura da investigação ou não. A ideia é que o placar fique no local para esclarecer a população sobre a necessidade da CPI e como instrumento de pressão contra os vereadores que não assinaram o requerimento para a criação da comissão.

Na semana passada, o requerimento para instalação da CPI chegou a ter onze assinaturas, após a adesão de cinco vereadores da base governista. Após pressão da prefeitura, porém, três deles – Jair Cézar (PSDB), Professor Galdino (PSDB) e Denilson Pires (PRP) – retiraram as assinaturas, frustrando a expectativa de abertura da investigação. Até hoje, passados mais de dois meses da divulgação das denúncias, a Câmara limitou-se a ouvir o presidente da Urbs, Marcos Isfer, que garantiu não haver qualquer irregularidade no contrato com a Consilux, apesar do prefeito ter determinado seu rompimento unilateral. Isfer também afirmou não haver possibilidade de se apagar multas. Os vereadores não tomaram qualquer iniciativa para ouvir o ex-diretor da Consilux, Heterley Richter, que aparece nas gravações do Fantástico admitindo as irregularidades no sistema de radares da cidade.