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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Rosa Costa, da Agência Estado
BRASÍLIA - Da tribuna, o senador Pedro Simon (PMDB/RS) pediu nesta quinta-feira, 2, ao ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que deixe o cargo antes do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentar parecer sobre o crescimento do patrimônio de Palocci e antes de confirmada a CPI que vai investigar suas atividades como consultor. 
"Meu amigo, Palocci, já está ficando feio para o PT e o PMDB impedirem que Vossa Excelência venha depor no plenário ou numa comissão. Porque isso é o normal, nós estamos numa democracia", alegou. "Por isso, ilustre ministro Palocci, a grande saída é o senhor se afastar. Neste momento, nestas circunstâncias, acho difícil que o senhor continue, acho difícil".
Simon afirma que o governo e o partido fizeram a sua parte. "Mas esse é um assunto que a gente não esquece", alertou. "A imprensa vai cobrando, vai cobrando, vai cobrando, até que, em determinado momento, as coisas têm de acontecer", prevê. O senador reiterou o apelo dizendo que a saída de Palocci tem de ser rápida. "Se for possível hoje. Antes que saia a decisão do procurador-geral da República", enfatizou.

Na sua avaliação, a história deixa hoje para o chefe da Casa Civil a possibilidade de sair temporariamente com responsabilidade. "É o mínimo que ele deve à presidente da República. É isso que ele deve fazer", reiterou.
Simon criticou a posição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, no seu governo, não hesitou em aceitar a saída de Palocci do Ministério da Fazenda, por causa da violação do sigilo bancário da conta na Caixa do caseiro Francenildo dos Santos Neto, enquanto agora age de forma contrária, trabalhando para manter o ministro na equipe de Dilma. "E por que o presidente Lula demitiu o José Dirceu? E por que o presidente Lula demitiu o Palocci no momento em que houve aquele incidente do rapazinho, vigilante da casa que ele frequentava?" questionou. "Lula demitiu porque tinha de demitir".
Para Simon, Lula cometeu "um deslize" ao interferir no governo de Dilma, supostamente para abafar a crise provocada pelas denúncias contra o ministro Palocci. "Por isso, ilustre ministro Palocci, a grande saída é o senhor se afastar", sugeriu.

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