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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Osmar assume diretoria do BB; Pessuti ainda aguarda “chamado”

Pedetista vai comandar carteira que movimenta R$ 125 bilhões; peemedebista foi sondado para conselho de estatal.

O ex-senador Osmar Dias (PDT)  tomou posse nesta segunda-feira ultima, em Brasília, na vice-presidência de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil. O conselho de administração do banco aprovou na segunda-feira o nome do pedetista para o cargo. Osmar disputou o governo do Estado em 2010, em aliança com o PT da presidente Dilma Rousseff, quando foi derrotado pelo tucano Beto Richa (PSDB) no primeiro turno. Desde então, aguardava-se sua nomeação para um cargo federal. Outro aliado de Dilma no Estado na última eleição, o ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), ainda aguarda um “chamado” do Palácio do Planalto.

A carteira de Agronegócios do BB tem 1,5 milhão de clientes distribuídos entre agricultores familiares e médios e grandes produtores. E por ano movimenta R$ 125 bilhões. “O agronegócio é alavanca do País. Portanto devemos considerar a participação do Banco do Brasil, por isso é uma honra para mim assumir neste momento a vice-presidência do banco”, disse Osmar em entrevista à rádio CBN ontem.
“A responsabilidade é enorme, e como eu disse ontem ao conselho diretor eu não assumiria se eu não tivesse conhecimento do assunto. Conhecimento da agricultura, da política agrícola. Isso tudo atendendo a política do banco e dos produtores rurais”, afirmou.





Osmar lembrou também que a vice-presidência também atende aos microempresários.  “Devo lembrar essa carteira não engloba somente o agronegócio, mas os micros empresários. Hoje, carteira de crédito do BB para o agronegócio respondeu por R$ 75 bilhões, enquanto a carteira das micro  tiveram R$  50 bilhões. São dois segmentos da maior importância e que geram cerca de 70% dos empregos do País”, afirmou ele, que até junho, trabalhará no Plano Safra do banco.

O pedetista negou que a nomeação tenha sido uma compensação por ter sido candidato ao governo em aliança com o PT. O PSDB do governador Beto Richa tentou atraí-lo para a coligação adversária como candidato à reeleição para o Senado. Após pedido do ex-presidente Lula, Osmar preferiu abrir mão da candidatura à reeleição para disputar o governo, garantindo palanque forte no Estado para Dilma.
“Eu não vim receber uma retribuição por ter sido candidato ao governo do Paraná e ter apoiado a presidente Dilma”, afirmou ele. “Eu fui senador por 16 anos, mas profissionalmente é o momento mais importante para mim”, alegou.

Veto — O ex-governador Orlando Pessuti afirmou ontem que foi sondado para assumir uma diretoria na Itaipu Binacional. Ele disse que declinou do convite, afirmando que preferia indicar alguém de seu grupo para o cargo. O peemedebista diz que também foi consultado sobre a possibilidade de assumir uma vaga de conselheiro de alguma estatal, como Itaipu ou Petrobras, e respondeu afirmativamente, mas até agora não houve confirmação da indicação.

Pessuti descartou a possibilidade de um veto do ex-governador e senador Roberto Requião (PMDB) esteja pesando contra sua nomeação no governo federal. “Não acredito que ele tenha força suficiente para impedir que o vice-presidente Michel Temer e a presidente Dilma nos nomeiem para algo que eles entendam conveniente”, disse. Os dois peemedebistas romperam relações logo antes mesmo do início da campanha eleitoral do ano passado, quando Pessuti assumiu o governo depois que Requião renunciou ao cargo para disputar a eleição para o Senado. 





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